Público
alvo: 8º e 9º
anos.
Tempo: 06
aulas.
Recapitulação dos
elementos da narrativa, em especial, o foco narrativo; características da
crônica; leitura compartilhada; leitura coletiva e produção escrita.
Competências
e habilidades: identificar os elementos da narrativa, conhecer o
gênero “crônica narrativa”, interpretação de um texto pertencente ao gênero
crônica.
Estratégias: estudo
do gênero e dos elementos da narrativa; leitura e interpretação do texto
“Avestruz”; discussão com os alunos fazenda as devidas intervenções.
Recursos: Texto
impresso, datashow, sala de informática.
Antes da
leitura
Levantamento
dos conhecimentos prévios dos alunos
Nós vamos trabalhar com uma crônica.
A
respeito do gênero:
1 - O que é uma crônica?
2 - Já leram uma crônica?
3 – A crônica é um texto longo ou curto?
4 – Quais assuntos a crônica apresenta?
Crônica é uma narrativa histórica
que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crônica
deriva do grego "chronos" que significa "tempo".
Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor
e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do
cotidiano e outros assuntos relacionados à arte, ao esporte, à ciência, etc.
Os
cronistas procuram descrever os eventos relatados na crônica de acordo com a
sua própria visão crítica dos fatos, muitas vezes através de frases dirigidas
ao leitor, como se estivesse estabelecendo um diálogo. Alguns tipos de crônicas
são a jornalística, humorística, histórica, descritiva, narrativa,
dissertativa, poética e lírica.
A crônica que nós vamos trabalhar é de Mário Prata.
A
respeito do autor:
1 - Já ouviram falar de Mário Prata?
2 – Já leram algum texto escrito por ele?
3 – Vocês acham que ele já morreu?
A
respeito do título:
“Avestruz”, um texto com esse título vai falar
sobre o quê?
1 - Vocês conhecem a avestruz?
2 - Já viram uma?
3 – Como são?
4 - Onde vivem?
5 – O que comem?
·
O que
significa a expressão: “ter um estômago de avestruz?”
Durante a leitura
O profesor deve fazer a leitura compartilha do texto para o levantamento
de hipóteses.
AVESTRUZ
MÁRIO PRATA
O filho
de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos (o que vocês acham que ele pediu?), uma avestruz. (Isso é comum?) Cismou, fazer o quê?
Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. (É possível criar uma avestruz em um apartamento?) E ela me mandou
um e-mail dizendo que a culpa era minha (Por
que a culpa era dele?). Sim porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa,
que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles.
Aquilo impressionou o garoto. (Se o
filho morava em Higienópolis, como viu a ave em Floripa?)
Culpado, fui até o local saber se
eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é
que podemos chamar aquilo de ave. (Porque
será que ele disse “se é que podemos chamar aquilo de ave”?) A avestruz foi
um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, Deus devia estar
muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que ser
assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160
quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três
metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua
criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o
corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas
atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por
aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram
dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não
sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo depois, Adão dando os nomes
a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio
Camelus Australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve
ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho
deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem
tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se
reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na menopausa, (Vocês sabem o
que é menopausa?) não tem, portanto, TPM
(E TPM vocês sabem o que é?). Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
(Quantas
avestruzes podem nascer por ano?) Podem gerar de 10 a 30 crias por ano, expliquei ao
garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando
aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma
avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas
comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras.
Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times
inteiros de futebol de botão e, principalmente chuteiras. E, se descuidar, um
mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. (Será? O que vocês acham? Por que o menino
só muda de ideia a partir do conhecimento dos hábitos alimentares da ave? Você
agiria da mesma forma?) Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco
gaivotas e um urubu. (O que será que o
narrador fez?) Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo.
Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô
de avestruz.
Depois da leitura
Por que será que o menino gosta e quer criar em casa animais tão
distantes da realidade urbana?
Mostrar
imagens aos alunos: do avestruz e de outros animais exóticos que algumas pessoas
possuem.
Recuperar
oralmente a crônica, respeitando a sequência dos fatos.Esse procedimento será
realizado coletivamente e o professor irá registrar na lousa os fatos elencados
pelos alunos.
- Posicionar-se perante a situação: e se o menino persistisse na ideia de ter uma avestruz? Como seria? (Oralmente)
- O que você acha das pessoas que possuem animais de estimação exóticos?
- Exibir o filme “Os pinguins do papai”, para as comparações finais, exaltando a diferença, de que o menino queria receber um presente inusitado, mas acabou desistindo e pensando em outro; já no filme, o protagonista recebeu um presente que não era esperado, acabando adaptando o próprio apartamento para os pinguins.
- Levando em conta o texto “Avestruz” de Mário Prata e o filme “Os pinguins do papai” produzam em grupos de quatro alunos, uma narrativa com o título: “Um estranho na família”.
- Socialização dos textos produzidos pelos grupos.
- Pesquisas em duplas na SAI sobre os temas:
1- biografia do autor;
2- outras crônicas; www.marioprataonline.com.br
- Socialização dos trabalhos.
BIBLIIOGRAFIA
1. Kleiman,
Angela. Oficina de Leitura: teoria e prática. Campinas, SP: Pontes, 3ª edição,
1993.
3. Projeto
tecendo leituras da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo – 2005
4. DOLZ, Joaquim;
SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita –
elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In:
Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010.
5. ROJO, R. H. R.
(2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é melhor do
que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e
Escrita na Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED.
6. Caderno do
professor. Língua Portuguesa: ensino fundamental. 5ª. série. 1º.
Bimestre/Eliane Aparecida Aguiar – São Paulo: SEE, 2008.
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